Existem muitas classificações de liderança. Eu gosto especialmente da mais simples, aquela que analisa o líder segundo o seu foco. Podemos definir liderança como a capacidade e habilidade para conduzir pessoas em direção a um objetivo, a um resultado. Há os líderes focados, portanto nos resultados e os focados nas pessoas.
O líder e aí se leia Diretor, Gerente, Encarregado, focado nos resultados, costuma ser autoritário. Exige eficácia e premia a competência. Não é tolerante a falhas, é ambicioso e obsessivo na qualidade. O fim justifica os meios. Ele normalmente consegue o resultado por uma vez.
O líder que foca somente as pessoas é alguém que gosta de gente, costuma praticar a empatia, comunica-se bem, entende as dificuldades e se considera parte da equipe e é conhecido como paizão. Peca por não focalizar também o resultado.
A verdade é que, ainda que as pessoas que exercem postos ou cargos de liderança possam ter tendência natural de um tipo ou de outro, não há como negar a importância de se observar os dois lados. Quando se privilegia o resultado e se esquece das pessoas, corre-se o risco de não se manter a capacidade de se atingir o resultado em longo prazo. Ou o contrário, aquele que privilegia a relação com as pessoas, exercendo a democracia, arrisca-se a ser tachado apenas de uma ótima pessoa.
Parece que não há alternativa, senão o líder manter um olho no foco e outro nas pessoas. A democracia não é incompatível com a autoridade. O resultado precisa existir e ele só existe através das pessoas. Nunca é demais lembrar: O exercício da liderança, como um capítulo do comportamento humano, é algo que pode ser apreendido e aprimorado. Basta manter a cabeça e o coração trabalhando juntos.
A atitude é o equilíbrio no comando. Nem tanto a razão e nem tanto ao coração.
Tudo é uma questão de atitude.
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