Recordo saudoso, os felizes dias, em que se podia dormir com as janelas abertas, das caminhadas despreocupadas, a qualquer hora do dia ou da noite. O que aconteceu com as crianças? Algumas se tornaram vítimas, outras criminosas. A quem culpar por tudo isto, que se abate, sobre a sociedade humana?
Os políticos culpam uns aos outros, os sociólogos culpam o sistema injusto, outros o governo, outros à polícia, muitos o Legislativo. Quem é inocente. Todos somos responsáveis. Sinto-me culpado. Presenciamos injustiças, barbáries como se não nos dissesse respeito. Parece que estamos vivendo tempos comparáveis as piores épocas da história conhecida, aqui agora, hoje.
Penso, salvo melhor juízo (gosto deste termo que os advogados usam para sempre ter a porta aberta para uma nova posição) que como integrantes da sociedade aparentemente organizada, temos uma imensa parcela de culpa, limitando-nos a participar desta sociedade, em igrejas, associações, clubes, bailes e pronto.
Gritemos. Basta, Atuemos de forma implacável contra tudo que atente contra o bem comum, contra o Direito, contra a ordem pública, contra os princípios constitucionais, contra os direitos do cidadão, contra a injustiça social.
Somos a maior parcela da sociedade, mas estamos acuados.
Tudo é uma questão de atitude.