Entre tantas definições a que mais gosto se resume em uma atitude mental baseada mais na intuição e nos sentimento do que no conhecimento racional, que busca, em última instância, a união íntima e direta do homem com a divindade.
É uma senda interna, de meditação, de fortalecimento do espírito e, sobretudo prático, mantendo os pés no chão e os pensamentos elevados.
Jacob Boehme (1574-1626), filósofo e místico alemão, trabalhou como sapateiro e durante sua juventude culminando em uma epifania (súbita sensação de realização e compreensão) escreveu vários livros, presentes atualmente no mundo do esoterismo e misticismo.
“Precisamos buscar aquilo que perdemos, mas, se queremos encontrar, não precisamos procurar fora de nós mesmos.”
“Não temos necessidade de aduladores nem de malabaristas que nos encorajem e nos prometam montanhas de ouro pra que os sigamos e os façamos brilhar.”
“Não é o suficiente que aprendas todos os livros de memória. Se passares os dias e os anos a ler todas as Escrituras e se souberes a Bíblia de cor não serás melhor perante Deus do que um tratador de porcos que durante todo seu templo apenas tratou de porcos.”
“A menos que te convertas e que te tornes como uma criança, não verás o reino dos céus. É preciso nascer de novo para ver o reino de Deus. É essa a nossa verdadeira meta.”
“A arte e a eloqüência de nada servem aqui. Não são necessários livros nem destrezas: nisso um pastor de carneiros é tão sábio quanto um doutor e às vezes muito mais. Pois ele se lança antes por sua própria razão na misericórdia de Deus e não tem uma grande dose de intelectualidade……”
E assim, por diante. Acima vemos e lemos somente algumas pílulas. O homem era bom, intuiu e colocou no papel grandes verdades e não foi através da intelectualidade, mas sim da sua ligação direta com a divindade.
Pense sobre isto e procure tudo o que precisares, dentro de você mesmo.
Tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans (revisado em Março de 2022)