Andando pelas ruas desta enorme cidade que é o planeta, vejo pessoas com mais idade, mais jovens, caminhando com pressa, sem pressa, de mãos dadas, olhando para cima, pedindo informações, cabisbaixas, com mala na mão, com telefone na mão, puxando mala de rodinhas. Vejo pessoas sentadas nos bancos, sozinhas, acompanhadas, com crianças, alimentado os pombos, olhando as fontes de água.
Andando pelas ruas da vida, vejo pessoas com rugas, com cabelos coloridos, com roupas diferentes, com sorriso na boca, falando sozinhas. Vejo pessoas nervosas, chorando, discutindo.
Andando pelas ruas da vida em terras distantes, vejo pessoas entrando no ônibus, no táxi, descendo escadas em estações de metrô. Vejo pessoas indo aos bandos de malas em direção ao aeroporto. Vejo pessoas descansando em bancos no aeroporto, dormindo em bancos de aeroporto, dormindo no chão do aeroporto. Vejo pessoas cantando em estações de Metrô, tocando musicas em estações de metrô alegrando as pessoas que passam em troca de uma moeda ou de nenhuma.
Andando pelas ruas da vida vejo prédios antigos, muito antigos, da época dos que vieram séculos antes de nós, todos de pedras uniformes, parecem feitos para serem uma obra de arte. Vejo prédios novos, todos de vidro refletindo o sol e que não cabem na máquina de tirar foto.
Andando pelas ruas da vida, imagino que por este mesmo lugar muitos já passaram que já voltaram. Hoje eu estou passando por aqui. Um dia vou voltar também.
Andando pelas ruas da vida percebo que o mundo é diferente em cada rua que passo. Que o mundo é diferente a cada vez que passo pela mesma rua, mesmo sem me dar conta. Andando pelas ruas da vida, sem conhecer ninguém, mas rodeado de gente, percebo que somos um, todos interligados, sem saber disto.
Andando pelas ruas da vida, percebo que o Barco passa, mas o rio fica.
Percebo também que tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans (revisado em Fevereiro de 2022)
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