Bolívia -Santa Cruz de la Sierra
Fundada em 1561, comemorando 450 anos em 2011. Estivemos aqui no feriado de Corpus Christi. As tradições na comemoração do profeta San Juan Bautista são uma atração religiosa e turística. No município vizinho de Porongo, na igreja restaurada de origem Jesuíta, houve uma celebração de batismo. As famílias batizam as crianças, já com mais idade, por causa da fama do 24 de junho.
A preservação das brincadeiras infantis, corrida no saco, medir forca com corda, andar sobre pernas de pau, abrilhantaram a tarde e ainda são brincadeiras comuns neste país.
O ponto alto da comemoração e o caminhar pelas brasas na praça em frente à Igreja, a meia noite. Anunciado no microfone, que somente aqueles com muita Fé devem tentar caminhar sobre as brasas. Filas de fieis logo estavam esperando o momento de iniciar. Ou para pagar uma promessa, ou para provar aos outros que e capaz, ou, principalmente para provar a si mesmo que tudo e possível aos homens e mulheres de Fé. Ate ensaiei tirar o calcado, mas logo percebi que minha Fé “no alcanzava”.
Um misto de surrealismo, Fé e diversão tomavam conta da população, embalada por música constante e por fogos de artifício ornamentais. A festa não para ate o meio dia do dia seguinte.
Sobre a Bolívia, confirma-se o status de sub desenvolvido. Mais da metade da população vive abaixo da linha de pobreza, medido pelo IDH, índice de desenvolvimento humano. (sendo usado pela ONU desde 1993) De vocação agrícola, mantém o pais neste estagio. O narcotráfico, exercido pelo presidente em exercício, antes de chegar ao poder, pelo menos se supõe assim e vários locais com quem falei afirmavam isto, estigmatiza o país. Sobre a legalização de veículos “sin papeles”, esta em todos os jornais e em andamento. Lei do USO de cinto de segurança ainda não chegou aqui.
O povo e gentil, amável, caliente. O trânsito e caótico. E o país da buzina e da paciência no trânsito. De arquitetura espanhola, onde as calcadas são cobertas pelo piso superior, portanto cheio de colunas, o que proporciona conforto contra o sol e a chuva.
Cotoca cidade vizinha, onde existe o santuário da “Virgen de Cotoca”, cujo mercado municipal aberto aos domingos, mostra o comércio ao ar livre, de comidas, carnes, roupas da forma mais antiga que já tive oportunidade de ver na América Latina.
Uma experiência cultural diversa apenas a quatro horas de vôo de Porto Alegre, permite comparar, descobrir a diversidade cultural da América Latina, dos nossos vizinhos.
Por quê? Porque tudo e uma questão de atitude.
Marcos Hans (revisado Fevereiro de 2022)
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