Em 24 de outubro de 2005, segunda feira, às seis horas da manha começou a ventania. Ventos com mais de 200 kilometros por hora A tempestade cessou às 10 horas. Era o olho do furacão. Vinte minutos após veio o resto, mais potente ainda e às 14 horas daquele dia, não tinha mais vento e o sol deixou o dia lindo. Parecia que não tinha acontecido nada.Dia de praia.
Eu estava em Deerfield Beach, no Condado de Broward na Florida, que fica ao norte de Miami. Ávores gigantes caídas sobre prédios e carros, postes de luz de madeira e de concreto quebrados como se palitos fossem, rodovias bloqueadas por cabos de luz , era a cena do dia que perdurou por semanas. Falta de energia e telefone e como conseqüência falta de gelo e supermercados não funcionando também era normal nos dias e semanas seguintes. Filas quilométricas para abastecer o carro.
Quando eu chegava no colégio onde estudei sempre perguntava os colegas como é estar aí quando passa um furacão, uma vez que isto acontece regularmente. Respostas sem realismo. Presenciar e experimentar é a real experiência.
Depois da tempestade vem tempo. Literalmente e figurativamente. Literalmente o vi na Flórida. Figurativamente estamos acostumados a ver quase que diariamente, quando seres humanos se alteram por muito ou por pouco, com ou sem motivos e se diz: Calma, depois da tempestade vem tempo. Ou ainda, porque fazer tempestade em copo de água?
A natureza nos mostra diariamente, basta observar, grandes lições. Exemplo de persistência é o Sol. Ao mexer em formigueiro se percebe que as formigas reconstroem incessantemente o seu local.
Observa a natureza.
Tudo é uma questão de atitude.
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