Dia 2 de novembro de 1988 fui bem cedo ao cemitério para reverenciar meus antepassados.Me ocorreu que deveria visitar mais os vivos. Fui imediatamente visitar meu Pai. Foi a ultima vez que falei com ele. Dia 20 de novembro daquele ano ele completou sua missão e passou pela transição, iniciando nova jornada.
Dia 2 de novembro de 2003 fui visitar minha mãe, que está sob cuidados médicos por causa de um prótese na perna. Conversamos. Ela pergunta: já foste ao cemitério. Eu disse: Não, hoje os que já partiram estão recebendo muitas visitas, vou outro dia para eles não ficarem sozinhos. Ela riu. Foi só para descontrair.
Cada um reverencia os seus conforme suas crenças. O importante é tê-los presente em sua vida como referência, guardando as imagens e ações positivas.
Mais importante ainda, é fazer o que deve ser feito enquanto estão vivos. Principalmente os ascendentes, os pais. Leve flores, chocolates. Visite, escreva, telefone.
Eu gostaria de escrever, telefonar e visitar meu pai. Posso somente reverenciá-lo. Talvez você ainda possa. Faça-o.
Os orientais se entristecem quando alguém nasce porque a alma agora está presa ao um corpo. Se alegram quando da transição porque a alma novamente se liberta para continuar sua missão maior. Os ocidentais, o contrário.
Por quê? Questão cultural, filosófica e certamente também religiosa.
A atitude correta, confortadora, é não deixar para tarde o que puder ser feito pela manhã.
Por quê?
Porque tudo é uma questão de atitude.
Marcos Hans
(revisado em fevereiro de 2022)
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