Companhias, organizações, paises, grupos usam suas marcas, logos, símbolos, bandeiras para identificar-se. Muitas reconhecemos um país, produto ou organização não por uma sentença ou palavra escrita, mas um símbolo. Especialmente os militares tem orgulho de seus símbolos. Nas olímpiadas, reconhecemos os atletas por suas bandeiras.
No tempo dos Cezares os escravos eram marcados como se fossem gado. Marcas são usadas para mostrar qualidade e caráter. Quando se vê o esquadro e compasso sendo usado por uma pessoa, se tem a expectativa de certas qualidades nesta pessoa.
No Grau de Mestre de Marca se tem uma lição muito prática, específica de como um maçom deveria viver e trabalhar. No passado era usado para identificar seu trabalho, nas construções. Hoje, faça sua marca, tenha sua marca, coloque sua assinatura, coloque seu selo ainda são usados nas empresas, por profissionais nas diversas áreas, vide o ramo automobilístico. Tudo tem a ver com qualidade e reputação de seus produtos e serviços.
No grau de mestre, é permitido e exigido a feitura de sua marca com seu próprio desenho. Esta marca deve representar, interiormente, a partir de agora com mais ênfase, a qualidade de tudo o que fizemos. Nos relacionamentos, no trabalho e o orgulho que está acompanhado em tudo o que fizemos: EU FIZ AQUILO.
O esquadro e o compasso é um símbolo que projeta para as pessoas que o vêem. Pode ser uma imagem positiva, indiferente ou negativa. Como está percepção será depende de como este indivíduo aja durante um longo período de tempo. Muitos de nós aceitamos ou rejeitamos produtos ou serviços de acordo com a sua marca, nome da companhia. Perguntamos-nos: Quem fez isto, quem assinou quem está por detrás, são perguntas comuns para avaliar e tomar uma decisão.
Três grandes símbolos da maçonaria, o esquadro, compasso e a bíblia, sempre estão no altar de uma loja, com exceção de alguns ritos, (Moderno ou Francês). O esquadro nos ensina nos ações em relação as pessoas e o compasso nos ensina para mantermos as paixões sobre controle. A bíblia e constantemente referida nos trabalhos. E aberta e está sempre à vista do Venerável Mestre assim sua luz está sempre presente. Com raras exceções se passa entre a Bíblia (Shekinah) e o Altar, para não obscurecer sua luz. A maçonaria incentiva à leitura e estudo da bíblia, mas nas faz interpretações. Cada um deve tirar suas próprias conclusões.
O companheiro achou uma pedra, bonita e a apresentou. Estava fora de esquadro e foi rejeitado. Não recebeu pagamento e ainda ficou com problemas porque apresentou que não era seu. Quando estamos construindo, e todos estamos construindo sem templo interior, para que fique cada vez mais bonito, harmonioso, devemos estar aberto a todas as novas idéias, sugestões porque pode ser aquela sugestão que aparentemente está fora do esquadro que pode estar faltando.
Podemos tirar lições dos dois lados. O Companheiro é a mente progressiva. Os inspetores a mente conservadora. Ambas presentes na sociedade.Ambas as forças são necessárias para o progresso da humanidade, de uma organização,porque é no balanço, no equilíbrio que o progresso, o sucesso é obtido.
Mesmo que o Companheiro apresente uma idéia aparentemente utópica, que os inspetores não estão dispostos a receber, é preciso lembrar que os progressos científicos, por exemplo, são penosamente lentos. Por outro lado, uma idéia radical imposta a um grupo, empresa, governo só traz discórdia. A evolução e não a revolução é o caminho do meio, é o caminho do progresso.
É claro que não podemos esquecer que daquela pedra especial rejeitada que foi recuperada, havia muitas que simplesmente pertenciam ao lixo.
Se não podemos aceitar uma pedra, uma idéia, um trabalho, não o julguemos por falta de conhecimento, por ser diferente peculiar ou porque está fora dos nossos padrões, ou acima do nosso nível de consciência.
As ferramentas do Mestre de Marca são o malho e o cinzel, justamente para expelir a arrogância até que se transforme em compaixão, o excessivo orgulho até que se transforme em humildade, egoísmo em altruísmo. Somos lembrados disto no primeiro grau, onde devemos desbastar a pedra bruta.
No grau de mestre de Marca, passagens da bíblia são lidas do altar. A parábola (Mateus, Capitulo 20, versículo 16) é para enfatizar que a diferentes níveis de consciência ao nosso redor, e nos explica que o que podes achar favorecimento, injustiça, nada mais é do que o merecimento por trabalhos já realizados, talvez até em outros tempos.
O grau de mestre é prático e em resumo nos diz.
- Nunca peça ou pegue para si o trabalho e ações de outros.
- Esteja disposto, dentro de suas possibilidades de ajudar outros irmãos.
- Lembre-se que o dono do vinhedo pode fazer o que quiser com o que é seu.
- Sempre revise seu trabalho, suas qualidades, para estarem de acordo com as que o Grande Arquiteto tem em mente.
- A marca pessoal, o esquadro e o compasso, sempre devem ser os sinais de que somos parte de uma família na qual podemos confiar clamar por assistência, se for o caso.
Marcos Hans
Mestre de Marca
Capitulo Thomas Smith Webb n# 2