Foram 28.385 dias. O último foi no dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Enquanto podia, diariamente freqüentava a missa. Após dificuldades de locomoção a impediram.
Eu brincava com ela: Lembra aquela missa que assistimos juntos no Domingo de Ramos, no Vaticano, com o Papa João Paulo II e diversos sacerdotes? Certamente esta missa valeu por todas as missas perdidas. E ela dizia: Sim, mas e tu? Bem, eu dizia, eu também considero esta missa para as minhas faltas, porque certamente foi uma cerimônia valiosa e riamos.
Uma oração que aprendi com ela foi o Anjo da Guarda. Uma canção que aprendi já no tempo de coroinha na Igreja da Harmonia:
Mãezinha do Céu, eu não sei rezar eu só sei dizer, quero te amar. Azul é teu véu, branco é teu manto. Mãezinha quero te ver lá no céu.
E disse na despedida em meu nome e meus irmãos, que lá no céu nos veremos, mas que neste particular tomara que demore muito.
A propósito, uma visita a Igreja de Harmonia, ex-distrito de Montenegro, vale muito a pena. Construída entre 1950 e 1954, está totalmente reformada, pintura nova. É um templo digno dos construtores das grandes catedrais. O padroeiro é São João de Nepomuceno.
Mãezinha querida vá e fique em paz.
A atitude é fazer tudo o que se pode em vida, e eu fiz.
Tudo é uma questão de atitude.